quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Aceitação


Ola meus queridos(as)

Desculpe a defasagem nas postagens, não é por falta de assunto mas tempo mesmo e cansaço. Comentei que voltei a dormir mau, o que já colabora para um cansaço físico (sou dependente de sono, quer me ver mau humorada, irritada é só me encontrar no dia seguinte de uma noite em claro, e também nada de 5 horinhas de sono, no mínimo aquelas 8 básicas!), e junta o cansaço emocional, profissional, maternal e sei lá eu o que mais"al"! Semana que vem o I. volta as aulas, rotina e espero ter mais tempo para agir. Não estou feliz no trabalho, decidi sair e procurar outro. Simples assim, mas nem tanto; você não abre o jornal de empregos ou entra num site de busca de vagas e acha um anúncio: procura-se analista em gestão corporativa de carbono, com experiência em inventário de emissões de gases de efeito estufa, projetos MDL, REDD e mercado voluntário de carbono, com mestrado, de preferência doutorado e fluente em inglês chamada dona barriga. Resumindo, parece que quanto mais qualificado pior fica! Mas, como disse o Caiçara, o "não" você já tem, então mãos a obra.

Estes últimos dias andei um pouco pensativa, depois da sala ontem mais ainda. A percepção que tenho é que alguns familiares declararam guerra ao adicto, vingança, raiva, desrespeito... ou seja, ele(a) é um país que merece ser invadido, tomado a força e privado da sua liberdade e escolha. Momento meio Hitler mesmo, conquisto na porrada, finco minha bandeira lá e pronto, governo o país e  tudo vai dar certo, porque eu tenho todas as respostas, é só o cidadão do país fazer o que eu mando... Insanidade total! Queridos, se esta difícil administrar o seu próprio país, vamos ser honestos, começar uma campanha expansionista é suicídio!

Apenas para ilustrar, a título de curiosidade, o quanto administrar seu próprio país já é uma tarefa árdua... essa companheira, filho internado (deve sair em breve), foi/é criado pelos avós (ela engravidou com 15 anos, hoje tem 37 bem sucedida MAS o filho sempre com os avós, que alias já é pai...ou seja nossa companheira com 37 anos é avó também) chegou a brilhante conclusão que, os pais tem que se mudar, assim quando o adicto sair da clínica as coisas vão andar, ela tem certeza absoluta que é isso que tem que ser feito. Ela só esqueceu de um detalhe, primeiro é a casa dos pais dela, eles moram lá a 40 anos, e escutando o seu pai partilhando percebi a insanidade de tudo isso... É óbvio que eles não querem se mudar para lugar nenhum, apenas passar o resto da sua velhice na sua casa, que vem sendo o seu lar pelos últimos 40 anos! Ou seja, a dinâmica, meu filho vai sair da internação em breve e voltar para a casa dos meus pais, eu não quero ele morando lá (mas comigo também não), então vamos mudar meus pais (com o adicto) para outro lugar... invadindo o país alheio, fincando a bandeira e instalando a ditadura! Violando os famosos três C's, todos os três: ela controla, ela causou (muita culpa) e ela cura (resolve)... Eu não sei como essa estória vai acabar, sinto pelos pais, depois de alguns meses frequentando a sala, ele conseguiu falar algo, uma pessoa muito introspectiva, sempre ansiosa, a beira de um ataque de nervos e que não aceita que dependência química é uma doença, ponto final.

Nessas minhas reflexões (meio inúteis as vezes), chego a conclusão que um grande passo é a aceitação! Aceitação NÃO é comodismo, recitamos a oração da serenidade como se fosse um mantra, sabemos de cor e salteado...MAS realmente entendemos o que ela nos diz? Deus, concedei a serenidade para ACEITAR as coisas que não posso modificar!

Então meus queridos, vamos governar o nosso país.







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