sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Vá com calma


Ola meus queridos(as)

Olha, se os outros meses do ano forem como esse Janeiro... socorro, além de derreter de tanto calor vou ter um infarte! Só pepino (e do grosso queridos...). O ano começou atropelando! Mas nada que uma sexta feira a noite tranquila, em casa, I. no décimo sono, cervejinha, Adele (a voz dessa mulher é algo maravilhoso) e Candy Crush não aliviem... 

Ah, dei uma passado no centro, tomei o tal "passe"; se é psicológico ou não, ajudou, sai mais leve, menos preocupada com tudo, menos estressada e porque não dizer, mais em paz. Ando pensando em bilhões de coisas ao mesmo tempo, um tráfego engarrafado de idéias (algumas mirabolantes, outras de girico mesmo), minha cabeça não para e ISSO não é legal (uma das razões que afetam meu tão querido sono). Puxo os lemas do bolso, e o mais adequado neste momento é Vá com calma! A dona barriga tsunami esta dando o ar da graça, atropelando, inundando, acelerando, desrespeitando a velocidade natural das coisas. Respira fundo, conta até dez e Vá com calma!!!! 

Lembro uma vez, estava em Los Angeles, quem teve o (des)prazer de conhecer aquele caos vai entender, com uma certa folga de horário, dirigindo de Santa Mônica para o LAX (aeroporto) sem GPS tá queridos! E aquelas highways são um emaranhado, tipo novelo de lã? Uma vez que você entrou não consegue sair nunca mais! Mesmo sabendo que estava no caminho certo, com tempo, resolvi acelerar... resultado, perdi a ÚNICA saída do aeroporto, quase fui parar em Pasadena (umas 20 mihas, MILHAS para frente) quando finalmente consegui fazer o retorno, e óbvio, perder o vôo. Aprendi a lição? Não. Continuo fazendo a mesma coisa... 

Então, vá com calma senão perde a saída, e o retorno é demorado........ e talvez a viagem.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Aceitação


Ola meus queridos(as)

Desculpe a defasagem nas postagens, não é por falta de assunto mas tempo mesmo e cansaço. Comentei que voltei a dormir mau, o que já colabora para um cansaço físico (sou dependente de sono, quer me ver mau humorada, irritada é só me encontrar no dia seguinte de uma noite em claro, e também nada de 5 horinhas de sono, no mínimo aquelas 8 básicas!), e junta o cansaço emocional, profissional, maternal e sei lá eu o que mais"al"! Semana que vem o I. volta as aulas, rotina e espero ter mais tempo para agir. Não estou feliz no trabalho, decidi sair e procurar outro. Simples assim, mas nem tanto; você não abre o jornal de empregos ou entra num site de busca de vagas e acha um anúncio: procura-se analista em gestão corporativa de carbono, com experiência em inventário de emissões de gases de efeito estufa, projetos MDL, REDD e mercado voluntário de carbono, com mestrado, de preferência doutorado e fluente em inglês chamada dona barriga. Resumindo, parece que quanto mais qualificado pior fica! Mas, como disse o Caiçara, o "não" você já tem, então mãos a obra.

Estes últimos dias andei um pouco pensativa, depois da sala ontem mais ainda. A percepção que tenho é que alguns familiares declararam guerra ao adicto, vingança, raiva, desrespeito... ou seja, ele(a) é um país que merece ser invadido, tomado a força e privado da sua liberdade e escolha. Momento meio Hitler mesmo, conquisto na porrada, finco minha bandeira lá e pronto, governo o país e  tudo vai dar certo, porque eu tenho todas as respostas, é só o cidadão do país fazer o que eu mando... Insanidade total! Queridos, se esta difícil administrar o seu próprio país, vamos ser honestos, começar uma campanha expansionista é suicídio!

Apenas para ilustrar, a título de curiosidade, o quanto administrar seu próprio país já é uma tarefa árdua... essa companheira, filho internado (deve sair em breve), foi/é criado pelos avós (ela engravidou com 15 anos, hoje tem 37 bem sucedida MAS o filho sempre com os avós, que alias já é pai...ou seja nossa companheira com 37 anos é avó também) chegou a brilhante conclusão que, os pais tem que se mudar, assim quando o adicto sair da clínica as coisas vão andar, ela tem certeza absoluta que é isso que tem que ser feito. Ela só esqueceu de um detalhe, primeiro é a casa dos pais dela, eles moram lá a 40 anos, e escutando o seu pai partilhando percebi a insanidade de tudo isso... É óbvio que eles não querem se mudar para lugar nenhum, apenas passar o resto da sua velhice na sua casa, que vem sendo o seu lar pelos últimos 40 anos! Ou seja, a dinâmica, meu filho vai sair da internação em breve e voltar para a casa dos meus pais, eu não quero ele morando lá (mas comigo também não), então vamos mudar meus pais (com o adicto) para outro lugar... invadindo o país alheio, fincando a bandeira e instalando a ditadura! Violando os famosos três C's, todos os três: ela controla, ela causou (muita culpa) e ela cura (resolve)... Eu não sei como essa estória vai acabar, sinto pelos pais, depois de alguns meses frequentando a sala, ele conseguiu falar algo, uma pessoa muito introspectiva, sempre ansiosa, a beira de um ataque de nervos e que não aceita que dependência química é uma doença, ponto final.

Nessas minhas reflexões (meio inúteis as vezes), chego a conclusão que um grande passo é a aceitação! Aceitação NÃO é comodismo, recitamos a oração da serenidade como se fosse um mantra, sabemos de cor e salteado...MAS realmente entendemos o que ela nos diz? Deus, concedei a serenidade para ACEITAR as coisas que não posso modificar!

Então meus queridos, vamos governar o nosso país.







sábado, 25 de janeiro de 2014

Moeda de troca


Ola meus queridos(as)

O quanto custa uma vida? O quando vale uma vida? Qual a moeda de câmbio para quantificar isso? Como sabemos, hoje, tratamentos para a dependência química virou negócio, alias um bom negócio com muita gente ganhando rios de dinheiro por ai... ONG então, pipocou uma em casa esquina, sempre com aquele discurso, não temos fins lucrativos, apenas queremos ajudar o adicto a se tratar e sair das drogas, por amor e blablabla... Sei, para de pagar para você ver o que não fazem com o adicto? Rua! 

O que mais me entristece é que a grande maioria das pessoas que "trabalham" nessas ONGs e CTS por ai são, em geral, adictos em recuperação com um bom tempo limpo, membros do NA (deveriam ter vergonha de dizer que são pois não praticam nada que a irmandade sugeri) e simplesmente abandonam um companheiro limpo porque? Dinheiro (ou falta de). Grande parte dessas ONGs vivem de doações, então o que entra por fora é lucro... e vão tentar me convencer que eles não tem fins lucrativos! Sejam honestos então e se posicionem, somos uma empresa, vendemos um serviço e se não pagar não fornecemos... simples assim. Mas ai pega mau, afinal de contas só queremos ajudar o adicto que ainda sofre, mediante uma módica quantia mensal... É muita hipocrisia mesmo! 

Mas o PS sabe o que faz, e acredito que quando alimentamos as coisas boas elas voltam em dobro, da mesma forma que quando alimentamos as coisas não tão boas, elas voltam em triplo! 

Ontem foi muito interessante, estive no centro espírita que cede um espaço para o nosso grupo do Nar-Anon, era a reunião/encontro semanal deles; na verdade estive lá uns dias atrás para pegar um material do Nar-Anon no nosso armário (final de mês significa, fechar o orçamento, ficha de situação de grupo etc...) e acabei conversando com a Alba (chamamos assim), ela que coordena e presta serviço voluntário no centro. Um anjo, um espírito iluminado mesmo! Conversamos por um bom tempo, ela sentiu que eu não estou lá 100%, confesso que ando ansiosa, dormindo mau novamente, acordo com aquela sensação de angústia (as vezes do nada mesmo), problemas cotidianos do dia a dia que, serena eu tiro de letra, mas neste momento estam virando tempestades num copo d'água. Eu não sou espírita, alias lembram? Sou agnóstica. Porém algumas coisas na doutrina espírita fazem um certo sentido (para mim), nunca estudei e pouco entendo, mas falam muito de compaixão, gratidão e evolução espiritual. Enfim, ela me convidou a participar das reuniões deles pelas próximas 4 semanas e lá fui eu. 

Chorei até, não sei se foi aquele clima a luz de velas (pois é, estávamos sem luz como metade de Sampa devido aos temporais), aquela voz vinda do plano espiritual (através do médium, depois me explicaram) falando de paz, harmonia, luz... ou pode ser TPM mesmo! 



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Luz no fim do túnel


Ola meus queridos(as)

Dor, desespero... falta de esperança e fé. Quando alguém olha para o metro chegando, na plataforma e pensa, por um segundo; vou acabar com essa dor, com esse sofrimento... quando alguém olha aquela ponte, e pensa, por um segundo, vou me jogar e acabar com essa dor... esse sofrimento. Quando alguém simplesmente não vê mais a luz no fim do túnel... o que dizer, como consolar, como acolher, como convencer que vale a pena viver? 

Como? Como? Como?!!! Amor, carinho... mas o outro não sente, não vê absolutamente nada disso, apenas um gigante vazio e uma escuridão sem fim e nenhuma razão para continuar vivendo. Como explicar que todo sofrimento tem um fim, e não é acabando com sua vida... Como explicar que o amor é maior que tudo? Honestamente não sei. Como eu descobri tudo isso? Quando EU passei por tudo isso.

Umas boas 24 horas atrás, a dependência química nem tinha batido na minha porta ainda, alias nem sabia o que era isso... eu também não via mais a luz no fim do túnel, foram quase dois anos de psiquiatra, no começo as consultas eram semanas, depois três vezes por semana, no final diárias...e dá-lhe remédio, aumenta a dose, introduz mais outro e por ai vai (tinha uma farmácia em casa, tudo tarja pretíssima). Não sei como consegui terminar meu doutorado, estava tão dopada que não lembro da minha defesa de tese! Uma noite cheguei da faculdade em casa, tomei banho fui dormir e no dia seguinte, quando acordei cadê o carro? Achei que tinham roubado (mas na época morava no Hawaii, impossível, ninguém rouba nada lá, alias inúmeras vezes dormia com a porta de casa aberta)... Antes de stressar, resolvi ir numa loja de 7 eleven do lado de casa, que sempre ia, comprar cigarro, e qual minha surpresa de ver meu carro estacionado na parking lot! Entrei e perguntei para menina que trabalha lá o que meu carro estava fazendo ali, ela disse que eu cheguei umas 4 da manha, comprei duas cervejas e sai a pé, e eles acharam que o carro estava com algum problema!!!!!!!!!! Na minha cabeça isso nunca aconteceu! Enfim, e as coisas foram se degradando cada vez mais, eu sofrendo mais, meu psiquiatra me receitando cada vez mais remédio, eu cada vez mais sem esperanças... e um belo dia cheguei lá, juntei toda a minha farmácia (legalmente prescrita) e tomei todos os comprimidos, entrei em coma... sozinha, no meu apartamento. 

Acordei uma semana depois, na UTI, quando fui desentubada da parada respiratória que tive completamente PUTA da vida comigo mesma! A minha incompetência era tão grande que eu não tinha nem conseguido me matar. Fui transferida para a semi-intesiva, e um acompanhante do meu lado (até no banheiro), e lá fui eu para a ala psiquiátrica. Nos USA não tem essa, meu psiquiatra era o diretor da ala psiquiátrica desta hospital, e uma vez que eu estava colocando minha vida em risco, tanto faz o que eu queria ou não... Por dois dias, convivi com pessoas babando, gritos de madrugada, filinha para tomar a medicação, banhos assistidos, e lembro vivamente de uma senhora que ficava horas e horas dando voltas e mais voltas em torno de uma mesa. Finalmente minha mãe chegou do Brasil, e voltei para o meu apartamento... ou o que restava dele. 

Porque estou abrindo tudo isso, um momento tão difícil na minha vida? Porque talvez ajuda alguém ai, que esta se sentindo assim, perdido, sem luz no fim do túnel. O PS tinha outros planos para mim e não era morrer de overdose de benzodiazepínicos. Era continuar vivendo, amando, sofrendo, crescendo, sendo mãe, companheira e hoje, poder levar a mensagem aos que ainda sofrem... seja lá por que razão! 

O que posso deixar aqui para vocês? Nada, só que hoje, depois do que vivi, quero viver MUITO mais! E por mais escuro que seja esse túnel, sempre tem uma luzinha no final...

P.S: Confesso que as vezes quando a coisa fica preta, ainda sinto vontade de tomar um Zolpidem básico para apagar por algumas horas, mas como diz minha babá; quem tem ... tem medo! E eu tenho! 


domingo, 19 de janeiro de 2014

Quebrando o Tabu


Ola meus queridos(as)

Domingo preguiçoso, I. tirando sua sonequinha da tarde depois de ter brincado a manhã inteira na piscina, e já que não consigo entrar no Candy Crush (o mal do século é esse meus amigos, se você ainda não se viciou, evite qualquer convite!) resolvi escrever sobre um documentário, um pouco polêmico mas MUITO interessante, que assisti finalmente essa semana (estava na lista); Quebrando o Tabu. Alias sugiro a todos que assistam, com a mente aberta. 

O que esta em discussão, no documentário, é um questionamento do quanto ineficaz, hoje, são as políticas sociais de criminalização das drogas e suas ramificações (entenda-se tráfico, violência, corrupção entre outras). Traz alguns "estudos" de casos, digamos assim, ou novas abordagens a essa problemática vigentes em outros países, como Holanda, Portugal etc... com estatísticas, no mínimo, promissoras. 

Não estou aqui levantando nenhuma bandeira, a droga bateu a minha porta alguns anos atrás e sei o que é ter um dependente químico na minha vida MAS precisamos parar de ser inocentes, desde que o mundo é mundo a droga existe e sempre vai existir. Palavras do Drauzio (que eu respeito MUITO): "O que aconteceu com o crack no Brasil, é a maior prova de fracasso desta política de combate as drogas, o crack entrou no Brasil nos anos 90, já se sabia que se usava crack nos USA, nada foi feito em termos educativos... é uma droga compulsiva, com grande poder de adicção, e qual o resultado hoje? Nós combatemos o crack guerreando, e o que aconteceu? O crack se espalhou pelo país inteiro, virou uma epidemia".  Outra dele: "Você não pode por na cadeia uma pessoa que esta doente.

O consumo de drogas no Brasil continua sendo crime, embora a pena de prisão tenha sido abolida. O sistema de saúde não tem a estrutura necessária para oferecer tratamento a maioria dos dependentes químicos.

"Em 1971, os Estados Unidos declararam guerra às drogas. Quarenta anos depois, é hora do mundo declarar paz".

É para refletir meus querido! Boa sessão de cinema!

sábado, 18 de janeiro de 2014

Retorno ou mapa?


Ola meus queridos(as)

Como vocês sabem, no Nar-Anon nós não damos retorno... alias o que é essa estória de "dar retorno"? Simples e puramente é alguém dizendo para você o que ele (ou ela) acha que seria o melhor para você fazer... as vezes com as melhores intenções da face da terra (mas como diz o meu pai, de boas intenções o inferno esta cheio). O famoso e evitadíssimo retorno nos grupos, nada mais é do que sua codependência gritando e implorando para que alguém diga o que você tem que fazer, já que você simplesmente não sabe... e continua na esperança de achar a "solução" fora, e não dentro de você. O retorno não permite uma interiorização, um crescimento cujos os méritos são exclusivamente seus...  Retorno não é partilhar experiências, é você colocar a SUA experiência como válida (e o outro que siga).... retorno, como muito bem colocado na nossa maravilhosa reunião de área painel hoje, faz parte de um dos três inimigos mortais do Nar-Anon pois reflete seu personalismo e, por tabela, prepotência! 

Tudo é sugerido... e conselhos, são dados, mas fora das salas, entre os companheiros que os pedem a outros mais experientes... entre afilhados e madrinhas, entre companheiros sempre iguais, com respeito e apenas no único intuito de trocar experiências apenas... No Nar-non não dizemos o que você deve fazer, apenas damos um mapa para que você ache seu próprio caminho! 

Se você esta perdido, se você ainda sofre devido a adição de um familiar amado... oferecemos esse mapa, com várias rotas, mas todas eles serão caminhados no amor, na aceitação e na compaixão. Nunca na dor, na imposição e na obrigação. 

A bússola será sempre você, apenas oferecemos um mapa!

Que cada um apreenda a navegar sua própria vida! 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Peças


Ola meus queridos(as)

Hoje não teve choro nem vela, não deixaria de ir na sala nem que tivesse que levar o I. comigo... minha mãe ficaria com ele, 7:30 da noite ela me liga, a cadela Fafá (é um cachorro mesmo) precisou ser internada num hospital veterinário com um quadro agudo de obstrução gástrica (o que?!!!!!), não vou chegar a tempo ( O QUÊ?????????).... pede para minha empregada ficar com ele (OOOOOO QQQUUUUUUUÊÊÊE?????).  Pensei, pensei e pensei mais um pouco e fui para sala mesmo deixando o I. com a empregada da minha mãe.

Eita, como estava com saudades do grupo, acho que só descobri o quanto na hora que coloquei a toalhinha azul em cima da mesa e os companheiros foram chegando... em cada abraço, em cada palavra, em cada partilha, em cada olhar de carinho. Mais uma vez tive a clareza que sozinha eu não consigo, por isso que TAMU JUNTU e continue voltando porque funciona!

Andei "pouco" serena esses últimos dias, muito sem paciência com tudo, atirando em todas as direções... fui perceber isso hoje, quando o Caiçara disse que eu estava parecendo uma panela de pressão, e a sala abriu a válvula de escape deixando a pressão sair....xiiiiiiiiiiiiiiiiii (será esse o barulho da válvula da panela de pressão sendo aberta?). Então mais xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii....... Serenidade é um estado de espírito independente de fatores externos, e eu estava permitindo, por N motivos que eu não controlo, que minha serenidade fosse abalada. 

Por outro lado, notícias tristes, alguns dos companheiros vivenciaram recaídas no final do ano, alguns até precisaram novamente ser internados; mas entre mortos e feridos salvaram-se todos e fiquei feliz em ver os companheiros firmes e serenos nas suas escolhas! Sempre fortalecidos no grupo e acolhidos pela irmandade! Fiquei feliz também em saber que sentiram minha falta (não pude ir na reunião passada), gostam da minha coordenação e como trabalho a dinâmica do grupo, sempre pedindo ao PS que nos guie, com a consciência que o grupo é a coisa mais importante, não eu! Sou uma pequena peça neste quebra-cabeças, importante, mas todas as peças são importantes neste mosaico, não tem nada mais frustrante do que montar um quebra-cabeças faltando peças né? 

domingo, 12 de janeiro de 2014

Compaixão


Ola meus queridos(as)

Semana sem celular (simplesmente pifou do nada) e sem rede (me senti um alien), como somos dependentes disso... mas não vou escrever sobre nossas "dependências", sejam elas quais sejam, só por hoje. 

Quando alguém sofre, ou esta passando por um momento difícil nos solidarizamos, no jargão das salas, as vezes nos identificamos mas realmente sentimos compaixão? O que é compaixão? Ajuda google dicionário: 

1. Sentimento benévolo que nos inspira a infelicidade ou o mal alheio.

2. lástimapiedade.

Mesmo? Isso é compaixão? Não entendi a definição literal e continuo buscando o real significado de compaixão... No Nar-Anon sempre falamos muito em transformar nossos sentimentos, como medo em fé, dor em amor; e praticar a compaixão e aceitação. Porém não vejo compaixão como dó, lástima ou piedade (menos ainda); sentir dó ou piedade por alguém não faz a mínima diferença em termos práticos (eu por exemplo, morro de dó por todas as crianças aidéticas na África, e daí?). Não gera ação... Compaixão, é um sentimento cuja as raízes estam fincadas no amor...  se eu realmente amar umas destas crianças aidéticas na África torna-se algo produtivo, pego um avião e vou até lá, compro remédio, troco a fralda, organizo uma ONG e por ai vai... mas só sentir pena e dó não ajuda em nada.

Prefiro uma abordagem mais filosófica, toda compaixão surge da nossa capacidade de nos colocarmos no lugar do outro (empatia), sair daquela visão egocêntrica e "VER" o outro e seus sentimentos. A partir dai, nasce a compreensão e acaba os julgamentos e críticas e só assim podemos ter uma ação consciente para ajudar no que de fato é necessário.... 

Logo a compaixão é um amor ativo, que não deve ser confundido com dó ou piedade.

A compaixão não é ter dó nem piedade, pois enquanto a compaixão liberta, a dó e piedade escravizam o ser (segundo os budistas, e estou com eles nessa)!

P.S: Meus queridos, não cheguei nem perto desta compaixão que gostaria imensamente de sentir.... 


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Luz acesa


Ola meus queridos(as)

Correria mas com tempo para amar e MUITO! Confesso que amando ele de uma forma meio única, inédita, não tinha assistido esse filme ainda... o pézinho atrás desaparecendo, ops sumiu ... (só por hoje). E me entreguei mesmo, sem tempo, sem lugar, sem passado ou futuro, apenas deixei ele invadir meu país com sua esquadra além mar... e todos numa missão de paz!

As vezes não sei me expressar, então deixarei "ela"dizer tudo que esta aqui dentro, minha tempestade, minha correnteza, vem transformar minha vida... preciso olhar mais ao meu redor, é tanto céu e mar... 

O que é amar? Um dia ainda consigo lhe falar da tempestade que causou em mim...passa como quem rompe a represa, deixando a luz sempre acesa, mais que uma simples promessa, venta, vem junto da correnteza, vem que não tenho saída, vem transformar minha vida... 

Nossa, estou um momento altamente grudento... SOCORRO! Amar sem ressalvas, sem medo, sem mágoas, sem expectativas para mim, hoje, é isso! Tardes que terminam sem ter fim..... como é bom, simplesmente amar! E o resto é o resto..... 


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Metamorfose ambulante


Ola meus queridos(as)

Nunca fui muito fã de Raul Seixas...mas não posso negar a sua genialidade e o quanto a frente do seu tempo ele se encontra. Suas palavras: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo... " Por partes, metamorfose; mudança, crescimento, ser algo ontem que você não é hoje... ambulante, sempre em movimento, apreendendo, caminhando, não estático; parado na "velha" opinião formada sobre tudo ...sair da sua zona de conforto, levantar do sofá, desligar a televisão e abrir a janela!

Por inúmeras vezes optamos por continuar sentados no sofá, é mais fácil, é mais confortável, é o que conhecemos... e tá bom né? Complicado é levantar do sofá, jogar a TV fora, olhar para dentro de nós mesmos e chegar a conclusão inevitável que a mudança é necessária! Coragem para modificar as coisas que eu posso... 

Uma das coisas mais lindas do ser humano é sua eterna capacitate de mudar, recomeçar, reinventar, criar... O PS nos deu esse livre arbítrio, as escolhas, nada esta escrito em preto e branco, escrevemos nossa estória com todas as cores do arco-iris que quisermos! 

E depois de muito tempo tendo "aquela velha opinião formada sobre tudo" hoje, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, que apenas vive, acerta, erra, ama, sofre mas CRESCE! Com tudo isso!

P.S: Esse post é para você meu Caiçara, inspirada pelas suas palavras e mais, grata por ser essa metamorfose pois quem me tirou do sofá foi você (e eu e o PS nesta ordem...te amo minha lagarta/borboleta)! 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Férias das férias


Ola meus queridos(as)

O último minuto de 2013 já passou assim como vários outros minutos de 2014... e vamos caminhando! Virada do ano tranquila, em casa, com o I. ainda muito pequeno não tem como, e tudo bem. São fases da vida, já passei muito Reveillon por ai, em vários lugares, com várias pessoas, pulando onda, enchendo a cara, meditando num retiro espiritual, transando como se o mundo fosse acabar... enfim, de tudo quando é jeito em tudo quanto é lugar. 

O Caiçara foi passar estes dias no sítio (deve voltar hoje), meio a contra gosto no início mas pelas nossas conversas, no final ele curtiu. Fizeram uma ceia muito bonita que ele ajudou a preparar, passou uma tarde na cachoeira com os outros companheiros, frequentou os simulados do NA, enfim, espero que tenha recarregado as baterias para esse 2014! 

Principalmente porque o I. esta simplesmente testando todos os limites possíveis, muita paciência mesmo! E eu, as vezes me pego entre a cruz e a espada, por um lado alguns comportamentos chiliques devem ser reprimidos (tipo jogar uma pedra na mamãe, que tal?) mas e quando já esgotamos o diálogo, o castigo? Confesso que acabei dando uma palmada "educativa"  (se é que isso existe) nele e depois quis morrer de culpa... É péssimo não saber o que fazer, ou pior, se o que você esta fazendo é o mais adequado. Eita, o bicho veio sem manual de instrução! Socorro, e para complicar minha mãe critica absolutamente tudo, literalmente estraga ao máximo (ele estava de castigo pois chutou o gato e ela tirou ele do castigo e entupiu de sorvete na minha frente, tirando toda minha pseudo autoridade). Infelizmente estava adiando ter essa conversa muito séria com ela, pois no futuro quem vai sofrer as consequências é ele quando o mundo disser um sonoro NÃO na cara dele e não tiver vovó para pegar no colinho. Sabe aquele velho ditado; mãe educa e vó estraga... poxa, precisamos estar todo mundo jogando no mesmo time, senão a cabecinha do pequeno pira. 

Somando a isso tudo as maravilhosas férias escolares... daqui a pouco vou precisar tirar férias DAS férias! Mas nossa super nanny voltou hoje (UFA!) e não teremos mais feriados por um bom tempo, e assim vou me ajustando novamente, com uma importante lição, paciência!